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Sentado no limite entre o dentro e o fora — entre o mundo e o abismo interno. Não há movimento, apenas o gesto lento de tirar um sapato — como quem se despede do peso do corpo. Há um vazio tão denso que parece puxar tudo para dentro dele.
Atrás dele, a persiana está cerrada. Nenhuma luz entra, nenhum olhar sai. É um símbolo do isolamento absoluto, do mundo que se fechou — ou que ele mesmo fechou, por dentro e por fora. A cidade continua, mas para ele, tudo parou.
A fachada amarela tenta enganar com sua cor quente, mas não consegue. O contraste entre a vida lá fora e o desespero contido ali é brutal. Uma sensação constante de estar preso a um estado de inércia, de peso invisível, onde cada ato se arrasta como se o tempo tivesse parado.
Esta pintura nasceu de uma vivência profunda: a depressão.
N.B. Não estou em depressão atualmente. Esse estado é algo que vivi há ...muito tempo. A imagem ficou marcada na minha memória… até o dia em que finalmente a pintei.
